TRENDS

Aqui na T&D360 News nós gostamos de fazer mais do que seguir novas tendências. Gostamos de lançá-las. Por isso, antecipamos para vocês uma daquelas trends que mudam o jogo: ATRITO.

No afã de engajar colaboradores a qualquer custo, a educação corporativa se vestiu de edutainment e transformou aprendizes em espectadores que não podem ser contrariados. A fricção foi desaparecendo das experiências de aprendizagem e com ela a própria aprendizagem profunda desapareceu. Falta atrito.

Aprender pede algum nível de desconforto. A grande tendência que queremos lançar é essa: a volta da fricção nas experiências de aprendizagem. Essa fricção não significa que seus colaboradores terão uma experiência ruim, muito pelo contrário. Significa que terão desafios reais a vencer, terão que olhar de fato para dentro e reconhecer limitações, terão que confrontar ideias vagas com argumento embasado e não só opiniões. Atrito. É o que há de mais moderno em design de aprendizagem.

STORYTELLERS

Há coisa de 1 mês, Brandon Carson (ex-VP of Learning da Starbucks), postou o que segue abaixo:

"Retrocedendo aos meus antigos apontamentos (eu era e ainda sou um ávido anotador), encontrei alguns de aproximadamente novembro de 2012. A febre na época era o aprendizado móvel e tudo sobre o móvel em geral. Eu havia trabalhado em L&D no grupo de Produtos do Yahoo com Kelly Palmer e Raymie Stata. Estávamos focados em aprimorar as habilidades de mais de 3000 engenheiros de software em tecnologia móvel (a grande discussão era aplicativos nativos ou contêineres de aplicativos web com HTML5?). Também estávamos migrando o desenvolvimento para Agile. Olhar através dessas anotações me faz perceber que algumas coisas mudaram para nós em L&D e outras não. E estou envergonhado de algumas dessas anotações agora — cuidado com as previsões — deixe-me saber quais dessas são as previsões ou declarações mais ridículas percebendo que foi há 10 anos!

- Smartphones equivalem a sapatos ou escovas de dentes em escala. É o primeiro dispositivo elétrico que muitas pessoas já possuíram. Isso é o que termina com a Microsoft como um jogador dominante em tecnologia. A Microsoft tem uma ausência completa na computação móvel. Eles são irrelevantes neste espaço, o que provocará seu desaparecimento como uma empresa de tecnologia relevante.

- Fizemos a transição de PCs para dispositivos móveis. A China é o mercado que mais importa. Mais de 600 milhões de chineses têm acesso à internet em dispositivos móveis.

- A grande mudança que impulsiona a revolução móvel é a transição de hardware para software. É por isso que o Vale do Silício e a China são agora o centro do universo tecnológico. Poucos anos atrás, era a Finlândia — onde a Nokia fabricava a maioria dos telefones do mundo.

- O móvel transformou as compras. Mais de 50% do tráfego de compras na Black Friday vem de dispositivos móveis.

- Metade de TODO o tempo gasto online é gasto em aplicativos móveis. A maneira como o Google funciona: enviando você para links de páginas web agora é irrelevante.

- Questione o que significa "instalar". Estamos avançando além de "instalar" um aplicativo, usando os agentes do nosso smartphone (Siri).

- A Apple possui 15% de todos os telefones vendidos no mundo. O Android compõe os próximos 60% e o restante são feature phones.

- Sensores mudaram tudo porque agora seu smartphone SABE o que você está fazendo, o que você NÃO está fazendo e o que você DEVERIA estar fazendo.

- Não se trata realmente do fato de que todos terão um telefone. É o que eles FAZEM com seu telefone. Eles os levam para todos os lugares, são fáceis de usar, fazem compras com eles, e seu telefone sabe tudo sobre eles".

Bem Brandon Carson , eu diria que entre essas previsões a que me parece menos precisa é o desaparecimento da Microsoft, sem dúvida. A empresa se reinventou com Satya Nadella e segue sendo um big player de tecnologia. Entretanto, senti falta de anotações sobre o impacto da tecnologia no processo cognitivo da aprendizagem. O que você diria sobre isso?

AI & TECH

Imagine uma horta (ao invés de um armário cheio de gavetas). O LMS ou LXP tradicional é como um armário com gavetas. Cada gaveta guarda um tipo de coisa, como cursos, vídeos ou testes. Tudo está bem organizado em pastas separadas. Mas quando você quer algo, precisa lembrar em qual gaveta guardou. As coisas não se conectam entre si naturalmente.

Uma plataforma com Knowledge Graphs (grafos de conhecimento) é como uma horta. Tudo está conectado como um ecossistema vivo. Uma planta se relaciona com outra, que se relaciona com o solo e com os insetos. Você pode começar por qualquer canto e descobrir caminhos naturais. As conexões são visíveis e fazem sentido.

A descoberta flui como uma caminhada pela floresta, onde cada passo revela novos caminhos e possibilidades, sem a artificialidade de abrir gavetas isoladas de conhecimento. As conexões emergem organicamente, revelando como os temas se entrelaçam - semelhante ao entendimento de como chuva, solo e sol trabalham juntos para nutrir o crescimento das plantas.

O aprendizado se molda à sua jornada. A plataforma compreende suas preferências e conhecimentos prévios, desenhando o caminho mais envolvente para sua exploração. Como uma horta bem cuidada, o sistema está em constante evolução, permitindo que novas conexões brotem e que o conhecimento cresça naturalmente.

Por mais que você se aventure, nunca ficará perdido. Mesmo começando sua exploração de qualquer ponto, as conexões servem como mapa intuitivo, ajudando-o a se localizar no vasto terreno do conhecimento.

O Cognittron da Cognita Learning Lab é a única plataforma dessa natureza no Brasil (e uma das poucas no mundo). Se você quiser conhecê-la, deixa comentário aqui na news, a gente marca um papo.

INSIGHTS

Já pensou o que uma plataforma baseada em grafos de conhecimento pode fazer pelo seu ecossistema de aprendizagem corporativa? Eu te conto:

De cara, você já poderia sair do paradigma de "one size fits all" para a personalização mais precisa possível da experiência de aprendizagem. Outra transformação incrível seria a integração de diversos formatos de aprendizagem (formal, informal, social, prática). E como se não bastasse, com uma plataforma baseada em grafos de conhecimento você conseguiria promover interdependência, dar visibilidade do todo e medir não apenas dados volumétricos, mas real impacto no desenvolvimento profissional e na performance das pessoas.

Tá bom ou quer mais?

Q&A

Essa rubrica é muito especial sabe gente? Ela depende de vocês para existir. Funciona assim: vai ter sempre um link aqui  para vocês lerem com celulares e nos mandarem uma pergunta. Nós vamos receber as curiosidades e escrever respostas. Daí, trazemos para cá o que pensamos (e podemos marcar vocês ou deixá-los anônimos, vocês que escolhem). Legal né? Certamente a pergunta de vocês é dúvida de mais pessoas, então assim enriquecemos o ecossistema juntos, que tal?

https://forms.gle/YVN3uesmWFBSnhjH7

Até semana que vem!

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