Foto de Cognita Learning Lab

A crise silenciosa da Educação Corporativa: O que está dando errado?

fi-crise-silenciosa

Em um mundo cada vez mais dinâmico e exigente, investir em capacitação profissional deixou de ser uma escolha para se tornar uma necessidade estratégica. No entanto, mesmo com o aumento dos investimentos em programas de aprendizagem corporativa, muitos profissionais ainda se sentem desconectados, desmotivados e, sobretudo, incapazes de aplicar o que aprendem no dia a dia.

Onde está o problema?

A crise não é barulhenta. Ela acontece de forma sutil, muitas vezes despercebida pelas lideranças, mas seus efeitos são profundos: desperdício de recursos, frustração dos colaboradores e resultados aquém do esperado. Conheça os principais pontos críticos dessa crise:

1. Conteúdos genéricos e desatualizados

Muitos programas ainda seguem um modelo ultrapassado, oferecendo conteúdos padronizados que não refletem as necessidades reais do cotidiano de trabalho. O resultado? Falta de conexão e relevância.

2. Desconexão entre Aprendizado e Prática

Embora 57% dos profissionais estejam motivados para aprender, 60% relatam dificuldade em aplicar o que aprendem. A aprendizagem se torna, assim, um exercício teórico sem impacto prático.

3. Falta de Personalização

A personalização é desejada por 81% dos profissionais, mas apenas 29% têm acesso a trilhas customizadas. Ignorar essa demanda é negligenciar uma poderosa ferramenta de engajamento e efetividade.

4. Preferência por formatos curtos e objetivos

O microlearning — aprendizado em doses curtas e focadas — já é o formato preferido de 72% dos profissionais, pois facilita a assimilação e aplicação rápida do conteúdo.

5. Desequilíbrio entre o Digital e o Presencial

Apesar da conveniência do ensino online, os encontros presenciais ainda são essenciais para promover troca, cultura e conexão. Um modelo híbrido bem estruturado pode ser a chave para maior engajamento.

6. Falta de Escuta Ativa

Quando as empresas deixam de escutar os verdadeiros anseios dos colaboradores, os programas tornam-se irrelevantes. A escuta ativa precisa ser a base de qualquer estratégia de aprendizagem.

Muito além da Sala de Aula: Um novo papel para as Empresas

Mariana Achutti, CEO da consultoria Newnew, aponta que essa crise exige mais do que uma atualização de conteúdo.

É necessário repensar o papel da empresa como agente facilitador da aprendizagem, promovendo experiências mais intencionais, ágeis, personalizadas e realmente conectadas ao dia a dia do profissional.

Um reflexo de um problema maior

A crise silenciosa da educação corporativa também ecoa uma crise educacional mais ampla: a desvalorização da formação humanística, a pressão por resultados imediatos e a priorização do lucro em detrimento do desenvolvimento integral. Nesse contexto, investir em educação significativa, relevante e centrada nas pessoas não é só uma questão de eficiência — é uma questão de visão de futuro.

Caminhos para superar a crise
  • Atualizar conteúdos com base na realidade do trabalho
  • Oferecer trilhas de aprendizagem personalizadas
  • Adotar formatos ágeis e objetivos, como o microlearning
  • Equilibrar experiências online e presenciais
  • Ouvir ativamente os profissionais e ajustar os programas em tempo real

Conclusão

A Crise Silenciosa da Educação Corporativa é um chamado para transformação. Mais do que repensar formatos, é hora de redefinir o propósito da aprendizagem nas empresas. Quando o conhecimento se conecta com a prática, o engajamento cresce, os resultados aparecem — e o aprendizado finalmente cumpre o seu papel.


Fontes:

Foto de Cognita Learning Lab

Cognita Learning Lab

Onboarding digital escalável

A integração dos novos colaboradores sempre foi importante: contribuindo com a retenção de talentos, alinhamento com a visão e valores da organização e aumento da produtividade.
Hoje, num contexto de aquecimento do mercado e aumento de turnover, o onboarding é considerado prioritário e estratégico, sendo um indicador de quão rápido a empresa consegue compor e repor seu time para não afetar a operação; ou para ganhar escala, aproveitando oportunidades de negócios.
A Cognita desenha, implementa e operacionaliza Programas de Onboarding, integrando tanto a dimensão institucional como técnica numa jornada digital, escalável e personalizada, com sequências adaptativas que vão alterando o trajeto dos novos colaboradores em função da área da empresa na qual estão se incorporando e o papel que ocuparão nela.
(Case Onboarding Take Blip)