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A era da superficialidade. Is internet making us stupid?

Na era da informação tem acontecido um paradoxo, poderíamos falar de uma espécie de intoxicação informativa...

Daniel Luzzi

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22 de jul. de 2016

Na era da informação tem acontecido um paradoxo, poderíamos falar de uma espécie de intoxicação informativa: bombardeadas com tanta informação, em vez de verem reduzir a incerteza, de poderem predizer o ambiente e tomar decisões com facilidade, as pessoas vêem aumentar significativamente a incerteza, a sensação de perda do controle do tempo em relação às atividades a cumprir.

Diante de um oceano de informação fragmentada, às vezes pouco coerente e contraditória, ou simplesmente inútil, fica muito difícil desenvolver o poder de decisão. Vivemos uma era de superficialidade, as pessoas se apropriam das palavras (conceitos ou procedimentos) mas sem capacidade real de aplicar nada em ambientes profundamente dinâmicos como os que vivemos.

Além disso, a Net, como apresenta Nicholas Carr no seu livro, O Google está nos tornando estúpidos?

"fornece a matéria, mas também molda o processo de pensamento. E o que a Net parece fazer é pulverizar a capacidade de concentração e contemplação. Minha mente agora espera absorver informação do modo como a Net as distribui: num fluxo veloz e intermitente de partículas. Antes eu era um mergulhador num mar de palavras. Agora eu deslizo pela superfície como um piloto de Jet Ski".

Ele apresenta os estudos de Maryanne Wolf, psicóloga da Universidade de Tufts e autora do livro Proust and the Squid: The Story and Science of the reading Brain”. “Nós somos como lemos”. "Wolf acredita que o estilo de leitura promovido pela Internet, um estilo que coloca a “eficiência” e o “imediato” acima de qualquer outra coisa, pode estar diminuindo nossa capacidade de leitura profunda. Quando lemos online, ela afirma, tendemos a nos tornar “decodificadores de informação”. Nossa habilidade para interpretar textos, para fazer as ricas conexões mentais que se formam quando lemos em profundidade e sem distrações, fica desligada".

O pior de tudo é que a sociedade estimula este comportamento, a cultura demanda formação permanente e reciclagem profissional, pela dinâmica do mercado e o acelerado ritmo de produção de conhecimento, de mudança tecnológica e de transmissão da informação.

Nesse cenário, o indivíduo se vê diante da necessidade de aprender coisas novas diariamente.  No entanto, essa demanda de formação crescente acaba por saturar as nossas capacidades de aprendizagem. A necessidade de uma aprendizagem contínua exige um ritmo acelerado, quase neurótico, no qual não se tem prática suficiente, com o que apenas consolidamos o aprendido e o esquecemos com facilidade.

O pior pecado capital hoje, na era do conhecimento, é achar que qualquer coisa que for, por mais brilhante que for, por mais moderna que for, possa dar conta da diversidade de contextos de aplicação e de todas as suas demandas. Por isso a necessidade de desenvolver um estilo de pensamento critico que nos resgate da estandardização sem sentido.

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