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Educação do século XXI: Skills

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Muitos profissionais acham que a educação do futuro se constrói com métodos ativos e aplicativos tecnológicos; outros apostam na inteligência artificial e em aproximações adaptativas; já alguns transitam pela trilha da gamificação e ainda há grupos apostando na educação híbrida, entre outros.

Sem duvidas o futuro, perdão, o presente já demanda uma nova educação.

Isso por que o mundo mudou, ficou mais confuso, complexo, dinâmico e incerto.

Não temos como prever como será o mercado de trabalho, que desafios a nova cidadania terá que enfrentar; nem os conflitos humanos que possivelmente emergiram da natureza híbrida do nosso mundo e de nós mesmos.

Nesse sentido temos que entender que não estamos sozinhos nessa empreitada, como Newton colocava:

“Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”.

Por esse motivo, mais do que nunca devemos pensar em quem somos, de onde viemos e que conhecimentos acumulamos ao longo da nossa história que possam nos auxiliar na construção de pontes para o futuro.

Não adianta seguir modas ou justificar as nossas ações porque alguém falou algo, precisamos MUDAR, e a primeira mudança efetiva seria parar com as modas inúteis e entender que os processos cognitivos dependem do contexto de construção, e que não existe um único futuro, assim como muita gente gosta de assinalar.

Assim, vamos começar pelo principio, que sujeito queremos formar? E para que?

O primeiro passo é definir nossos objetivos pensando no sujeito de aprendizagem que necessitamos formar. Que competências, conhecimentos, habilidades, atitudes e valores serão necessários para enfrentar este novo mundo que começamos a enxergar.

Há numerosos framewoks interessantes para auxiliar nesta discussão, este que ilustra o artigo, elaborado no Fórum Econômico Mundial do ano 2015, apresenta três dimensões que envolvem não só a dimensão profissional mas também o desenvolvimento de uma dimensão pessoal e cidadã, considerando conhecimentos centrais que os estudantes necessitarão desenvolver para uma inserção plena nas suas sociedades, além das aproximações à complexidade e dinâmica do mundo com novas competências, atitudes e valores.


O seguinte modelo foi criado no ano de 2006 e foi atualizado em 2015 por US Department of Education, Apple, AOL, Microsoft, Cisco, and SAP, and organizations involved in education.

Fonte: p21.org

O interessante deste framework é o fato de ter sido construído por professores e gestores educativos, autoridades educativas, empresas e diversas organizações sociais; apresentando uma visão holística que enxerga os conhecimentos básicos, competências, atitudes e valores relacionados não só a dimensão profissional mais também pessoal e cidadã; considerando os principais desafios do século 21.


Por último, o framework da comunidade europeia que também envolve uma visão multidimensional concretizada em 7 dimensões com recomendações para a elaboração de políticas envolvendo conteúdos e currículos, avaliação, desenvolvimento de professores, organização e liderança, conectividade e infraestrutura.

É claro que estas 7 dimensões adquirem conotações diversas focalizando as consideradas mais importantes de cada dimensão.

Innovative Pedagogical Practices. Fonte: EDUCAUSE Horizon Report

Como pudemos observar, tanto no Fórum Econômico Mundial, como nos Estados Unidos e na Comunidade Europeia, o mais importante na construção do futuro não são as tecnologias, mas a visão de mundo e da complexidade do sistema educativo que exige uma aproximação holística e interdisciplinar.

O mais importante para a mudança, como o Google for Education claramente expõe é:

School change only happens when there is a strong vision at the start. When a school has a clear vision it means the leader has ensured that the school and wider community are working together toward shared goals for the future. (A mudança escolar só acontece quando há uma visão forte no início. Quando uma escola tem uma visão clara, significa que o líder assegurou que a escola e a comunidade em geral estão a trabalhar em conjunto para objectivos partilhados para o futuro.)

(Artigo publicado originalmente em 9 de abril de 2018 no Linkedin)

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Daniel Luzzi

CEO da Cognita Learning Lab • Diretor de aprendizagem da UniCTE • Referência em educação digital, fundador e diretor da Cognita Learning Lab, Professor da Fundação Dom Cabral, Doutor em Educação pela FE-USP e Mestre em Gestão Ambiental pela Cátedra UNESCO

Onboarding digital escalável

A integração dos novos colaboradores sempre foi importante: contribuindo com a retenção de talentos, alinhamento com a visão e valores da organização e aumento da produtividade.
Hoje, num contexto de aquecimento do mercado e aumento de turnover, o onboarding é considerado prioritário e estratégico, sendo um indicador de quão rápido a empresa consegue compor e repor seu time para não afetar a operação; ou para ganhar escala, aproveitando oportunidades de negócios.
A Cognita desenha, implementa e operacionaliza Programas de Onboarding, integrando tanto a dimensão institucional como técnica numa jornada digital, escalável e personalizada, com sequências adaptativas que vão alterando o trajeto dos novos colaboradores em função da área da empresa na qual estão se incorporando e o papel que ocuparão nela.
(Case Onboarding Take Blip)